Você já imaginou construir um edifício inteiro no computador antes de assentar o primeiro tijolo? Isso é o BIM (Building Information Modeling), uma metodologia que consiste em construir digitalmente um modelo 3D inteligente do projeto. Diferente de uma simples maquete, cada elemento no BIM, de uma parede a uma janela, carrega informações detalhadas, como dimensões, material e custo.

O processo tradicional de orçamentação é demorado, podendo levar de 50% a 80% mais tempo que métodos automatizados , e está sujeito a erros humanos no levantamento de quantitativos. É aqui que o BIM se torna um divisor de águas.

Precisão Incomparável Ao invés de medir manualmente plantas 2D, o modelo BIM permite a extração automática e exata de todos os quantitativos. Com poucos cliques, é possível saber o volume exato de concreto para uma laje ou a área total de pintura, eliminando erros de cálculo e garantindo uma precisão que o método manual dificilmente alcança. Essa automação simplifica e organiza o cálculo de custos com transparência.

Economia Real A precisão do BIM se traduz diretamente em economia. Orçamentos mais assertivos evitam desperdícios de material e custos inesperados durante a obra. Como o modelo é centralizado, qualquer alteração no projeto atualiza automaticamente as quantidades e os custos, evitando o retrabalho gerado pela falta de interoperabilidade entre arquivos.

Além disso, a visualização 3D permite identificar conflitos de projeto (como um cano atravessando uma viga) antes do início da construção, economizando tempo e dinheiro que seriam gastos em correções no canteiro de obras.

Adotar o BIM não é apenas uma atualização tecnológica; é uma mudança estratégica para uma gestão de obras mais inteligente e econômica, com benefícios claros reconhecidos por mais de 86% dos engenheiros.